terça-feira, 11 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

A poderosa mídia controlando milhares de mentes

Se você é um ouvinte, telespectador, ou leitor que tudo absorve e nada questiona, parabéns, pois você é o público predileto para a mídia que adere o sistema de manipulação.
O tempo agora é das eleições, época a qual todos os políticos são bonzinhos, segura criancinhas no colo, e os abraços com o eleitor são calorosos a dar a impressão que já são íntimos ou amigos de longas datas, e é exatamente por esse tipo de comportamento pré eleição que devemos desde já observar a personalidade dos nossos futuros governantes.
Todo mundo já está careca de saber que conversa bonita e promessa é o que não falta nas conversinha de um político, porém o apoio direto dos meios de comunicação está bastante visível. Os meios de comunicação de massa: o rádio, a TV, os jornais, as revistas tem o papel fundamental de informar, porém no Brasil a poderosa mídia desempenha mais um papel ideológico que informativo e exatamente esse assunto abordado no livro A Síndrome da Antena Parabólica do  professor de Jornalismo Bernardo Kucinski.
Segundo Kuscinski, a folha de São Paulo é hoje o jornal mais lido menos amado dos jornais brasileiros. A folha não só reconhece que não é estimada como manipula conscientemente o que pode ser chamado de marketing do ódio.
O impacto da mídia no cotidiano das pessoas é evidente. Muitas recebem informações, as passam, discutem sobre elas sem ao menos terem formado a sua opinião. Apenas passam adiante as informações com a conclusão e análise que já receberam prontas e defendem a idéia fielmente. Assim também acontece na política. A mídia trabalha, transforma e muda opiniões, impossibilitando que as informações cheguem aos cidadãos de maneira totalmente correta, ou seja, do mesmo modo que saiu da fonte, dificultando que estes possam, aliando com sua carga de conhecimento, assimilar e chegar a conclusão do que acreditam e/ou não, ser melhor para si.
A mídia na campanha presidencial foi extremamente decisiva para a derrota de Lula. Nesta época tudo era pensado, analisado minuciosamente, como podemos analisar na citação de Bernardo Kucinski:

“Os barões da mídia operaram num quadro de decadência da reportagem no jornalismo brasileiro, de redução de sua capacidade analítica e de memória histórica, devido ao afastamento de jornalistas mais antigos e especialmente, de perda de sua demarcação ética, na medida em que muitos jornalistas passaram a trabalhar indistintamente também como assessores de imprensa e relações públicas.Os jornalistas mais jovens desconheciam os fundamentos éticos da profissão e a sua importância numa sociedade que dava os primeiros passos na direção democrática e na construção da cidadania.”
A idéia da mídia era buscar alguém que pudesse derrotar Lula, sendo assim os jornais e revistas não se intimidaram em publicar suas opiniões e frases que iludissem a população a favor de Collor e é exatamente a revista Veja que lança a expressão”a praga dos marajás”, citando o então governador de Alagoas, Feranando Collor, que se colocara a campo combatendo o empreguismo em seu estado.A Veja deu prioridade a capa a Collor com a frase”o caçador de marajás”. Era com essas frases que a revistas e os jornais de forma bem sutil ia fazendo a imagem dos canditados de jovens honestos que iriam combater a corrupção.Não foi somente a veja que glorificou o Collor, a Rede Globo de Televisão popularizou e massificou o mito”Collor, o caçador de marajás”.
Ainda nesta eleição a Globo falseou o resultado das urnas nas eleições do Rio de Janeiro, por meio de um programa de computador que subtraía nas totalizações parte dos votos do candidato Leonel Brizola. A fraude foi descoberto graças ao Jornal do Brasil, rival do jornal O Globo, que denunciou. Nesta disputa presidencial de 1989 , Roberto Marinho ajudou a criar e a eleger o candidato da sua preferência, neste caso o Fernando Collor.Foi exatamente com as palavras chaves como “marajás”, que detectadas por pesquisas de marketing político, que não precisou nem debater propostas de governo.
Com a chegada de Lula ao segundo turno, a população ficou assustada e lançou a campanha de terrorismo ideológico e da desclassificação de Lula, neste momento os jornais foram de suma importância. A rotina de fechamento da cobertura política dos jornais foi modificada. As matérias anti-PT se tornaram diárias no jornal O Estado de S.Paulo. O jornalista polêmico com suas criticas, Paulo Francis, também deixou sua marca no Folha de São Paulo sobre a eleição de 1989. Paulo Francis era um jornalista que não tinha "papas na língua", falava o que pensava, sem medo e ainda ousava em colocar apelidos em qualquer um. Suas palavras por muitas vezes eram pesadas, preferencialmente voltada para ofensas.
O que estava claro nas eleições era a unanimidade a favor de Collor.Tanto os jornais quanto a televisão possuem públicos diferenciados, mas ambos podem ser influenciados pela mídia, e assim foi feito. Por serem concessões públicas os meios de comunicação de massa podem apoiar candidatos, desde que não sacrifiquem a informação.
A Globo valeu-se da falsificação do último debate, fraude decisivo na inversão da tendência eleitoral que mostrava Lula atropelando Collor nos últimos dias de campanha.



Nas eleições de 1994, também não foi diferente a influência da mídia para derrubar um candidato e apoiar outro.
Durante todo esse período, os meios de comunicação trabalharam no sentido de minimizar a importância de Lula e das pesquisas sem perder oportunidades de desqualificá-lo.
Os apelidos críticos também surgiam entre os próprios candidatos, servindo como base para os jornais para minimizar ainda mais o Lula. O PDT de Brizola, apelidou o Lula de “Sapo Barbudo”, e daí então esta frase marcou toda a campanha eleitoral de 1994.
A mídia não perdeu tempo para enriquecer a candidatura de Fernando Henrique com suas colocações e elevações de favorecimento. ”O príncipe da sociologia brasileira”, assim FHC era chamado pela imprensa, devido a sua formação superior, sendo o posto já estigmatizado operário Lula. Foi bastante notório a forma de criticar e iludir a sociedade que a mídia declarou através de apelidos: o príncipe da sociologia brasileira, versos “O sapo barbudo”, o seu real interesse e preferência por seus futuros governantes. Desta vez não foi preciso comprar jornalistas como ocorreu nas eleições de 1989, já que os era natural o alinhamento por Fernando Henrique dos proprietários de jornais.
Não há dúvidas de que a mídia muito contribui para a sociedade, mantendo-a atualizada dos acontecimentos, tornando-se verdadeiro instrumento de controle do poder exercido pelas mais diversas autoridades, mantendo o público vigilante.
No entanto, seu papel tem tomado proporções relevantes que, por vezes, são prejudiciais à sociedade, como a tendência ao “sensacionalismo”, que gera a falta de credibilidade das informações transmitidas.
Analisados os prejuízos trazidos pelo “sensacionalismo”, a mídia preocupou-se em transformá-lo em “realismo”, de forma que investiu bruscamente no chamado jornalismo investigativo, buscando transmitir os fatos da maneira que ocorrem, gerando verdadeira “caça ao tesouro” entre os jornalistas, que disputam a exclusividade dos fatos de relevância social.
A realidade é que o poder da mídia deve ser controlado pelos ditames constitucionais pois, atualmente, ela invade os papéis do Estado, exercendo atividades investigatórias, apurando crimes e, indiretamente, condenando pessoas.
Observe a capa da revista Veja da edição 2161 / 21 de Abril de 2010, e analise o maior destaque para o candidato Serra e verifique o pequeno nome de da candidata do PT, Dilma Rousseff logo acima.
Se ainda há dúvidas que a mídia manipula sua mente que tal da uma olhadinha no candidato que ela já exibe como seu preferido, mostrado pela revista VEJA, e analise todos os pontos positivos que ela oferece, os negativos ficarão apenas por conta da sua pesquisa, pois ela omite: http://veja.abril.com.br/210410/com-casa-ordem-serra-vai-luta-p-062.shtml